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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Ártemis


Ártemis é a mais antiga das deusas gregas. Mais antiga que as primeiras manifestações urbanas de Athena, mais antiga que os primeiros que os primeiro templos eróticos de Afrodite, mais antiga, mesmo que, Deméter, a mãe dos cereais que regeu os primórdios da agricultura.
Ártemis pertence ao extrato mais antigo da memória humana.

Mais tarde, conhecida como Diana romana, é conhecida como deusa lunar, esguia, virginal e seminua, acompanhada por seus cães e trazendo um arco dourado em suas mãos.

Amante da natureza mas ingênua nos meandros mundanos do patriarcado.

Ártemis representa a feminilidade completa em si mesma.Seu amor intenso pela liberdade, pela independência e pela autonomia pode transparecer como agressão, pois ela irá sempre lutar para preservar sua liberdade.
É tão linda quanto Afrodite mas não busca na eroticidade a intimidade e ternura de um relacionamento. Seu verdadeiro relacionamento é consigo mesma.
 Virgindade significa auto-suficiência e no caso da deusa virgem Ártemis é também androgenia. A energia permanece dentro e é convertida em êxtases místicos ou numa profunda empatia com todos os seres e com toda a natureza.
Amazona e arqueira infalível, garante a nossa resistência a uma domesticação que seria completa demais. Ártemis é a deusa da caça e da dança, sozinha se alimenta e se diverte.
A consciência de Ártemis nos ensina que é necessário ser parte do grande ciclo da natureza e não tentar controlá-la ou dominá-la.
A memória do feminino de Ártemis é capaz de trazernos de volta à consciência ecológica que vimos resgatando atualmente.
Sua auto-estima é ferida quando homens e mulheres que não sabem respeitar sua autonomia. Ao desvalorizarmos a postura e os valores de Ártemis desvalorizamos também todo o ritmo da natureza com o qual essa deusa dança e desfruta.
Hoje, para uma mulher cuja a face feminina de Ártemis é proeminente não é fácil encontrar um homem independente (seguro) e terno que saiba apreciar sua forte personalidade e amar seu lado selvagem ou esportivo.
Por não possuir uma postura atraente aos homens, pelo contrário, desafiadora,  acostuma-se cedo a não receber a sua atenção. Pois uma mulher abençoada pela deusa Ártemis pode escalar melhor, correr melhor, nadar melhor que muitos homens. No entanto, quando entra em contato com seu eros sua paixão é forte e feroz.
Nesse mundo civilizado ela sabe o que não é mas não sabe o que é!





Relacionamento para uma mulher predominantemente Ártemis.

Durante a maior parte do tempo de sua vida, relacionamentos não estarão em pauta. Provavelmente a mais independente das Deusas, seguida de perto por Athena. Prefere fazer tudo sozinha, aliás, a solidão a atrai e muito. Para que Ártemis consiga tolerar um homem ele deverá ser como ela. Deve gostar de fazer coisas, empreender, viver ao ar livre mas sem serem sócios. Ela gostará de vê-lo envolvido em seus próprios projetos e saberá respeitar isso. O homem que mantiver uma certa distância emocional, que for independente e não lhe fizer qualquer exigência permitirá que Ártemis encontre prazer em fazer as coisas ao seu lado.

No Conselho

Descobrimos que essa faceta feminina nos fortalece diante da solidão e nos torna capazes de transformar o casamento numa opção.
Que a combinação forte entre Ártemis e Afrodite pode ser desatrosa, pois enquanto estamos sós amamos a nossa liberdade mas quando encontramos um parceiro a quem confiamos nossa intimidade surge Afrodite com as águas da paixão, una-se à isso a força de Ártemis e ...afogamos o parceiro!
Que se o parceiro de uma mulher Ártemis não souber respeitar sua autonomis e crer que quando ela quer ficar só ela só que ficar só!.... ele a afoga!
Que muitas vezes essa força e independência faz com que nos sobrecarreguemos de atividades o que pode favorecer aos que estão do nosso lado mas não a nós.
Que somente esse lado do feminino que conhece a satisfação em si através da conexão com algo dentro de nós que nos completa é que nos é capaz de trazer de volta a paz e a conexão com a natureza.